.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"A PARTIDA DE UM AMOR" - Carlos Rímolo.

Nas sombras da noite você me ignorou e partiu,
Com passos silenciosos para não me despertar,
Não deixou bilhetes nem ao menos se despediu,
Deixando ali um tolo apaixonado a sonhar,
Largando tudo para trás, toda uma vida e fugiu,

Deparando com nosso leito de amor vazio,
Meu coração desesperado passou a te chamar,
Minh’alma, ora frágil, então tomada pela vil dor,
Chorando as lágrimas de ausência do teu amor,
Enlouquecida saiu em vão a te procurar.

Todo o meu ser ainda a queria de volta para mim,
Pois teu coração ainda estava preso ao meu,
Aquilo podia enfim não ser a temível despedida,
Um lindo caso de amor não podia acabar assim,
Já que permanece vivo em meu peito e não morreu.

Queria novamente ouvir a tua voz de linda poesia,
Enlaçar-me em teus braços e murmurar versos de amor,
Tocar teus sedosos cabelos que tanto me delicia,
Acariciar levemente teu rosto de pele rosada e macia,
Satisfazer todo este profundo apelo de meu interior.

Esta tua ausência de agora me traz tristeza e vazio,
Meu corpo sem o teu agasalho vive o inesperado frio,
Nas lembranças de teus lábios, sinto a falta do doce sabor de mel,
Mas vivo a temida escuridão, não vejo mais estrelas no céu,
Enfim, vago a esmo com meus olhos carentes e vadios.

Mas infelizmente a minha busca não dá em nada,
Pois, solitário e perdido, não sei agora meu rumo ao certo,
Não sei se de você estou longe ou perto,
Acho que cheguei ao fim de minha estrada,
A minha vida sem você é um deserto.

domingo, 1 de junho de 2008

"O REENCONTRO" - Carlos Rímolo

Procurei-te,
Achei-te,
Em silêncio aproximei-me,
Olhei dentro dos teus olhos,
Segurei as tuas mãos,
Tomado pela paixão,
Colei teu corpo junto ao meu corpo,
E neste instante te beijei!
Então, trocamos juras de amor,
Com as nossas mãos bobas a tocar e a procurar,
Cada pedaço sensível de nossos corpos,
Como adolescentes apaixonados e curiosos,
Na nobre arte de amar!
De mãos dadas saímos dali felizes a caminhar,
Sem destino e com sorrisos nos lábios de felicidades,
Afinal, éramos apenas dois amantes que se reencontravam,
Que traziam em seus peitos uma forte paixão,
Era o amor d’alma que dava seu sinal de vida,
Era o chamamento do coração!
Agora em nosso ninho de amor embevecido fico a contemplar,
A minha amada que sob nossos lençóis se encontra adormecida,
Com a sua cabecinha aconchegada sobre meu peito desnudo,
E eu ali em meu silêncio de noite a protegê-la...mudo,
Sonhando acordado meu lindo sonho sonhado,
Que por muito tempo vagava a esmo a procurar,
Tinha enfim achado ali o meu sentido da vida,
Agora já não precisava mais sonhar!