"CONFISSÕES DE UM SUICIDA"
Vejo o mar, mas não sinto as suas águas,
Sigo uma estrada que não é meu caminho,
Toco uma roseira que não tem espinhos.
Aconchego-me na relva, mas não descanso,
Olhos águas tranqüilas, mas não vejo remanso,
Adentro a mata virgem e não me perco,
Admiro o sol, mas não recebo seu calor,
Corro pelas campinas, mas nunca chego.
Vou a uma igreja, mas não sei rezar,
Ando com os pés desnudos, porque não posso calçar,
Choro lágrimas de dor que molham a minha face,
Sinto todo esse pesadelo por não poder mais sonhar,
Por um infortúnio que agora pude sentir,
Quando a minha vida consegui tirar.
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