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quarta-feira, 7 de maio de 2008

"MOMENTO LÚCIDO DE UM POETA LOUCO"

Sou louco, insano, maluco, doido, não importa,
não penso, apenas falo!
Choro a tristeza, desdenho a alegria,
vivo preso, falta-me a liberdade!
À vezes lágrimas beijam a minha face,
pois minha’lma ainda clama por alforria!
Vejo grilhões em minha mente,
acorrentando esse coração doente,
porque sofro nesta vida cada momento,
são chagas feridas, um tormento!
Sou louco!
Bato, apanho, grito e me desespero,
Pra que? Não ouvem, sou louco!
Vivo atrás de grades, vejo alucinações,
imploro ajuda, mas nem ligam!
Sou louco!
Não me interesso por notícias,
passo ao largo do mundo,
não tenho a consciência,
vivo a demência!
Sou louco!
Estou sempre me debatendo,
como um animal feroz acuado,
pouco a pouco meu corpo vai morrendo,
vendo meu espírito ferido agonizar.
Para que a minha existência,
se não tenho liberdade nem para pensar?
Sou louco!
Meu dia é minha noite,
quando posso relaxar, mas
vivo constante pesadelos,
pois não me cabe mais sonhar!
Hoje com a minha sina já traçada,
sou um débil aprisionado,
que tenta ainda um suspiro de vida,
mas sinto-me só e abandonado!
Bem, sou apenas mais um louco, somente um louco,
um zumbi, um lixo, um inoperante,
um paria, um farsante,
Sou tudo e não sou nada!
Sou louco!

1 Comentários:

  • É realmente temos muita semelhança em relação a linha de literatura a diferença esta em seu conhecimento.
    Parabéns, quem me dera eu tivesse nesse nível!
    E quanto a esse texto em particular, de louco todos nós temos um pouco e acho que de poeta também....
    Lamara
    Do Recanto das letras

    Por Blogger Unknown, às 11 de maio de 2008 às 17:54  

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