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sábado, 3 de janeiro de 2009

"O RIO MACAÉ" - Carlos Rímolo.

Gigante adormecido que sob os nossos pés, frágil esmorece,
Ferido em tuas entranhas, agoniza e pouco a pouco perece,
Herói dantes, cujas águas de remanso eram beijadas pelo luar,
Em tuas muradas, admirando-as, os enamorados faziam juras de amor,
Hoje tua luz se esvai e já não vemos aquele raro esplendor,
Apenas um semimorto em tuas próprias águas se afogar!

Lembranças, belas lembranças nos faz no tempo voltar,
Quando víamos marrecas selvagens, lépidas, ali aportarem,
Pescadores felizes e sorridentes com a fartura que então existia,
A coadjuvante fonte luminosa com a tua beleza a nos envolver,
Atraía-nos para as tuas inusitadas águas anunciando o anoitecer,
Num cenário de apoteose, de puros encantos e magia!

Hoje a tristeza assola teus admiradores em lamentos a chorar,
Lágrimas de saudades de um tempo que teima em não voltar,
Quando vemos dejetos intrusos em tuas doces águas a infectar,
Dizimando tuas energias, tua vida, provocando em todos, vil dor,
Volte para nós, ó meu doce rio, nós o queremos com ardor,
Renasça para a vida, viva e, não nos deixe mais sonhar!











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